Resenha | O sol é para todos (Harper Lee)

Clássico | Uma leitura maravilhosa, que precisa ser apreciada e degustada com uma bebida de sua preferência ao lado.

Sinopse

Nesta emocionante história ambientada no Sul dos Estados Unidos da década de 1930, região envenenada pela violência do preconceito racial, vemos um mundo de grande beleza e ferozes desigualdades através dos olhos de uma menina de inteligência viva e questionadora, enquanto seu pai, um advogado local, arrisca tudo para defender um homem negro injustamente acusado de cometer um terrível crime.

Uma história sobre raça e classe, inocência e justiça, hipocrisia e heroísmo, tradição e transformação, O sol é para todos permanece tão importante hoje quanto foi em sua primeira edição, em 1960, durante os anos turbulentos da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

Considerado um dos romances norte-americanos mais importantes do século XX, O sol é para todos surpreende pela atualidade de seu enredo e estilo. A lamentável permanência do tema, o racismo, percorre a narrativa de Scout, criança sensível, filha do advogado Atticus Finch, responsável pela defesa de um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca em Maycomb, pequeno município de Alabama, no sul dos Estados Unidos, no início dos anos 1930. Os sentimentos que cercam a família e a cidade de Scout – desde que Atticus se dispôs a cuidar do famigerado caso – são nossos velhos conhecidos: preconceito racial e social, conformismo diante das injustiças e a mais pura malícia destilada em relações banais e familiares. Apesar da crua humanidade desses personagens, Scout enxerga a realidade com o frescor dos olhos infantis, e conta sua história, deixando um improvável rastro de esperança.

Scout narra a rotina de um ambiente rural e pacato, as férias de verão com o irmão, Jem, e o melhor amigo deles, Dill, a curiosidade com os vizinhos, as travessuras inventadas, as aventuras na escola e a vida em família.

O conjunto de pequenos casos nos transporta a um lugar de aparente quietude. No entanto, esse suposto relaxamento se transforma e desespero quando vemos a reação da população de Maycomb diante de denúncia contra Tom Robinson.

O sol é para todos ganhou o Prêmio Pulitzer em 1961 e deu origem a um filme homônimo, vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado, em 1962. Lançado pela primeira vez em 1960, até hoje vende mais de um milhão de cópias por ano em língua inglesa. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.

Minha opinião

Se não fosse o Clube Literária+ talvez eu nunca teria lido “O Sol é para todos” e quão triste isso seria, pois teria perdido uma leitura incrível.

Com personagens cativantes a autora prendeu a minha atenção mesclando mistério e drama, na visão de uma menina curiosa e tão fora dos padrões para sua época.

Apesar de se passar em 1930, infelizmente a história ainda é tão atual e foi difícil ler alguns trechos. Me doeu o coração e segui a leitura com um nó na garganta.

Como autora fiquei encantada com a aula de escrita contida nas páginas deste livro e como leitora mergulhei de cabeça na história, esquecendo até de marcar os trechos preferidos.

Uma leitura maravilhosa, que precisa ser apreciada e degustada com uma bebida de sua preferência ao lado. O final me deixou apaixonada e triste ao mesmo tempo. Super recomendo! 

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