Resenha: Onde a Luz Cai de Allison e Owen Pataki

Romance. O livro satisfaz quem gosta de leituras cheias de ação tanto quanto os amantes de um bom romance de época. Pra quem gosta de livros históricos com doses de ficção, aí vai minha indicação.

Sinopse

Três anos após a queda da Bastilha, Paris fervilha com os ideais da Revolução Francesa iniciada em 1789. A Monarquia foi deposta, a aristocracia, desmantelada, e ergue-se uma nova nação do povo e para o povo.

Inspirado pelo senso de dever patriótico, Jean-Luc, um advogado jovem e idealista, muda-se para a capital com o filho e a esposa, Marie. André, filho de um antigo nobre, foge de seu passado privilegiado para lutar no exército republicano francês junto do irmão. Sophie, uma bela e jovem viúva aristocrática, sobrinha de um poderoso e vingativo general, embarca em sua própria luta pela independência.

Mas a promessa de esperança começa a ser ameaçada pelo medo quando a busca incessante por justiça se converte em fanatismo e gera instabilidade, transformando compatriotas em inimigos e alimentando a sede de sangue nas ruas.
Na luta para impedir que o caos desfaça todo o progresso da Revolução, as vidas de Jean-Luc, André e Sophie se entrelaçam, e eles são forçados a questionar os sacrifícios feitos em nome da nova República.

Com participação de figuras lendárias como Robespierre, Luís XVI e Thomas-Alexandre Dumas, Onde a luz cai é um romance admirável, que se desenrola das ruas e salas de audiências de Paris até a épica marcha de Napoleão pelas areias do Egito. Com detalhes vívidos, os Pataki capturam corações e mentes dos cidadãos da França, lutando pela verdade acima de tudo e pela crença em uma causa maior.

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Resenha

Escrito em parceria pelos irmãos Allison Pataki e Owen Pataki, “Onde a luz cai” é um romance histórico que tem como pano de fundo o período da Revolução Francesa até a ascensão de Napoleão Bonaparte.

“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, quem não se recorda das aulas de História na escola? Aliás, pelo menos pra mim, havia parado por aí. Nunca li nada sobre a Revolução Francesa e isso não tornou a leitura menos interessante, pelo contrário: despertou a curiosidade. “Onde a luz cai” te apresenta esse evento de um jeito que você nunca viu.

A narrativa em terceira pessoa detalha lugares, batalhas, sentimentos e expressões. A única coisa que me incomodou foi a forma que os diálogos foram apresentados, senti falta dos travessões. 

O livro é divido em três partes e os capítulos se alternam entre os dois protagonistas: Jean-Luc (um jovem advogado idealista que passará a refletir acerca dos ideais da Revolução e a ser resistência contra algumas ações desencadeadas pela mesma) e André Valière (ou melhor, Capitão Valière: um ex nobre que renunciou seu título de nascença e que agora serve ao exército francês). 

Apesar da primeira parte não ter fluído como eu gostaria, as outras duas acabam compensando e contamos com revelações surpreendentes até as páginas finais. Uma história emocionante do prólogo ao epílogo. 

Os autores criaram personagens tão interessantes, carismáticos e com personalidades marcantes que complementam toda a narrativa com seus brilhos individuais. Conforme o livro avança, eles começam a sair da concha e criam conexões mais profundas uns com os outros em busca do mesmo objetivo. Apesar de fictícios, nada foge do provável e possível de se encontrar naquela época.

Vale ressaltar que muito me agradou a nota dos autores, percebe-se que o livro foi fruto de muito estudo, além de muita criatividade (claro). O livro satisfaz quem gosta de leituras cheias de ação tanto quanto os amantes de um bom romance de época. Pra quem gosta de livros históricos com doses de ficção, aí vai minha indicação.


Se os autores quiseram passar alguma mensagem, acredito que seja:

Um homem é indigno de admiração até que faça por merecê-la. A vergonha da inação supera o risco da ação. O ódio não pode passar por cima do propósito real da luta. A sede de justiça deve ser maior que a sede de sangue. O que eu desejo não é necessariamente o que eu preciso. A glória é fugaz e deve ser conquistada enquanto está diante de você, o mesmo vale para o amor.

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