Resenha: Um Amor em Movimento de Fernando Moraes

Filosofia/Autoajuda. Cheio de citações maravilhosas, com uma linguagem descomplicada e um desenvolver gradual e envolvente da narrativa, um Amor em Movimento é daqueles livros com aparência simples, mas que carregam uma mensagem profunda que queremos levar pro resto da vida em nossos corações.

Joan Garcez, professor de uma importante universidade, acredita que a filosofia deve impactar o coração das pessoas, despertando vontades, desejos, sonhos e desafios. Martina Perez, filha de médicos de uma família tradicional de Santiago, sempre se sentiu incomodada com o meio social em que foi criada, rodeada pelo luxo e riqueza, bem diferente dos pacientes do hospital público em que trabalha. E compartilhando o sofrimento dos outros, ela se torna defensora da humanização da medicina.

Os dois se conhecem de forma pouco convencional, e após alguns rápidos encontros, iniciam um desafio peripatético, ou seja, caminhar pelos arredores da universidade enquanto discorrem sobre diversos assuntos. Juntos pensarão em alternativas para a construção de um novo estado social de convivência, ao mesmo tempo em que Martina busca uma solução para amenizar o sofrimento de um pequeno paciente no hospital. E com a ajuda do amor, a vida passa a ganhar possibilidade de ser mais preciosa e encantadora para todos.

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Resenha

Se tem uma coisa que eu gosto de fazer é filosofar. Tudo bem que faço muito isso com meus botões, ou em meus textos, quando divago sobre os mais variados temas. Sou uma apaixonada por filosofia, apesar de não conhecer quase nada sobre os grandes pensadores. Quando me deparei com Um amor em movimento e vi que o autor aborda os pensamentos filosóficos de uma forma descomplicada, quis imediatamente começar a leitura.

Conhecemos Joan Garcez, um professor de filosofia de uma universidade em Santiago, no Chile. Suas aulas são conhecidas por seguirem uma didática diferenciada e por seus alunos o adorarem. Para ele, a filosofia é um meio de ensinar coisas como amor, sentido da vida, respeito, tolerância, etc. Depois de uma mudança nas normas da universidade onde o diretor decidiu que seria bom que os professores interagissem com todos os professores independente de qual curso ensinavam, num dos intervalos na sala de descanso ele encontrou Martina, professora da turma de medicina.

Martina Perez é médica, professora e acredita na medicina humanitária. Lutando para entender como funciona a maquina de café, Joan a ajuda e, entre  cafezinhos, os dois engrenam uma conversa interessante sobre filosofia, despertando a curiosidade da médica.

Desse encontro casual surge a ideia de um desafio proposto por Joan. Durante 10 dias eles praticariam a caminhada peripatética, baseada na filosofia de Aristóteles. No decorrer dos dias eles conversariam sobre assuntos diferentes do mundo cotidiano, usando o caminho que vai do estacionamento até a entrada da faculdade. E é aí que ele  apresenta Neruda, Voltaire, Aristóteles, Nietzche, Schopenhauer, Guilles Deleuze, Jean-Paul e outros pensadores para Martina, incentivando-a a compreender melhor os diversos temas através de uma perspectiva filosófica.

A história é tão envolvente e a leitura é tão rápida que devorei o livro em poucas horas. Queria ter conseguido ler mais devagar e fiquei me demorando na leitura de propósito, tentando absorver a mensagem e degustando tudo. Fernando Moraes nos leva a refletir sobre solidariedade, cidadania, tolerância, consumismo, socialismo, política, religião e especialmente sobre o amor, de uma maneira simples de ser compreendida.

Me segurei muito para não marcar o livro inteiro. Foi difícil me controlar, mas ainda assim, grifei várias partes e fiz algo que nunca fiz na vida: escrevi comentários nas margens! Vocês tem noção do quanto que fiquei envolvida pela leitura?

Cheio de citações maravilhosas, com uma linguagem descomplicada e um desenvolver gradual e envolvente da narrativa, um Amor em Movimento é daqueles livros com aparência simples, mas que carregam uma mensagem profunda que queremos levar pro resto da vida em nossos corações. Leitura mais do que recomendada e apesar dele ser classificado como autoajuda, achei ele bem longe disso!

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