Com ritmo perfeito e enredo brilhante, Dentes de Dragão é baseado na rivalidade entre personagens reais. Com uma pesquisa meticulosa e imaginação exuberante, será transformado em minissérie pelo canal National Geographic com a Amblin Television e a Sony Pictures.
Desde Jurassic Park, nunca foi tão perigoso escavar o passado.
Em 1876, no inóspito cenário do Oeste americano, os famosos paleontólogos e arquirrivais Othniel Marsh e Edwin Cope saqueiam o território à caça de fósseis de dinossauros. Ao mesmo tempo, vigiam, enganam e sabotam um ao outro numa batalha que entrará para a história como a Guerra dos Ossos.
Para vencer uma aposta, o arrogante estudante de Yale William Johnson se junta à expedição de Marsh. A viagem corre bem, até que o paranoico paleontólogo se convence de que o jovem é um espião a serviço do inimigo e o abandona numa perigosa cidade.
William, então, é forçado a se unir ao grupo de Cope e eles logo deparam com uma descoberta de proporções históricas. Mas junto com ela vêm grandes perigos, e a recém-adquirida resiliência de William será testada na luta para proteger seu esconderijo de alguns dos mais ardilosos indivíduos do Oeste.
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Resenha
O ano era 1876, e a caça aos fósseis estava em seu auge, o Oeste americano, mesmo com todos os seus perigos e sua aparência nada amigável, era o palco de duelo entre Othniel Marsh e Edwin Cope. Eles se vigiavam e sabotavam, sempre tentando conseguir vantagens nas descobertas de novos fósseis de dinossauro, Esse embate ficou conhecido como a Guerra dos Ossos. Na época, todo o conhecimento sobre os lagartos gigantes, que um dia habitaram o nosso planeta, ainda eram parcos e a maioria da população era muito conservadora.
O estudante de Yale, William Johnson, se junta à expedição de Marsh para vencer uma aposta: passar o verão escavando fósseis no Oeste. A princípio, ele não levava a expedição a sério, mas a medida que vai seguindo caminho, ele começa a perceber a seriedade da situação, bem como os perigos aos quais se expôs. Mas, tudo seguia bem, até Marsh deixar as paranoias assumirem o comando, e se convencer que Johnson era um espião a serviço de Cope, e abandoná-lo em uma das paradas.
Completamente desolado após ser abandonado, Johnson acaba por conhecer Cope, e decide acompanha-lo em sua expedição. Mal sabia ele, que sua vida, e sua forma de pensar mudariam completamente.
“- O mais natural seria achar que as vítimas da injustiça pensariam duas vezes antes de repetir a mesma injustiça com alguém; mas elas o fazem sem nenhum pudor. De vítimas passam a algozes, levadas por uma certeza moral que chega a provocar arrepios. Essa é a natureza do fanatismo: atrair e incitar extremismos. E é por isso que, qualquer que seja a linha do fanatismo, todos os fanáticos são iguais.”
O livro é incrível e fantástico de diversas formas: ele nos leva para um período de busca histórico, bem como nos ambienta nos conflitos do exército Norte Americano com os índios que habitavam a região do Oeste. Pelo menos eu não imaginava a briga pelos ossos, então foi chocante imaginar dois cientistas conceituados trocando muito mais do que palavras ásperas
Johnson foi um personagem que me surpreendeu. A priore ele é arrogante e bastante mimado, mas ao longo de sua jornada vai amadurecendo. Ele passa por vários momentos de dor, perda e medo, que vão moldando o seu caráter. Eu gostei bastante da evolução dele.
Eu nunca havia lido nada do autor, que por sinal é o mesmo de Jurassic Park, e devo dizer que a narrativa, e a forma bem embasada de Crichton me encantou. Ele fez uma grande pesquisa para manter sua história fidedigna, além de usar de personagens históricos, como os já supracitados paleontólogos e Wyatt Earp. Foi uma leitura muito interessante e envolvente. Recomendo com total certeza.