Suspense Psicológico. A Mulher na Janela é uma leitura tensa, intensa, por diversas vezes angustiante e que nos leva ao limite. O que é real e o que é imaginário? Ou autor sabe como fazer cortes de cena com maestria, sabe como deixar o coração do leitor palpitando de ansiedade e sabe como dar um nó na nossa mente.
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Resenha
Então… já imaginou ficar diante de uma situação onde nem você mesmo consegue mais acreditar se aquilo que viu (ou pensa que viu) é real ou imaginação? Já pensou o quão angustiante seria? Anna Fox (e nós leitores) passou por isso e a situação é no mínimo angustiante.
Escrever livros de suspense (principalmente suspense psicológico) que prendam o leitor na trama, do começo ao fim, não é nada fácil, mas, A. J. Finn fez um belo trabalho. Que livro! É quase impossível largar A Mulher na Janela antes de descobrir todos os mistérios que envolvem a trama e saber qual será o desfecho.
Escrever uma resenha deste livro é muito complicado, pois tudo está interligado e uma palavra que eu falar, pode ser um grande spoiler e isso pode tirar a experiência de leitura do leitor, então, vamos nos ater apenas ao que consta na sinopse, ok?
Anna Fox é uma psicóloga infantil que sofre de agorafobia. A agorafobia é um distúrbio de ansiedade que provoca o medo mórbido de se achar sozinho em grandes espaços abertos ou de atravessar lugares públicos, e, no caso de Anna, a mantém presa dentro de casa por 10 meses. Ela passa os dias bebendo muito, assistindo filmes antigos e bisbilhotando a vida dos vizinhos através das janelas de sua casa.
Misturar vinho com os muitos remédios que a psicóloga toma não é uma boa ideia e quando Anna presencia um crime na casa dos Russell, fica muito difícil de acreditar que tudo foi real, principalmente quando todos os envolvidos “provam” que tudo não passou de uma ilusão criada por uma mente embriagada.
O autor desenvolveu muito bem a personagem e como o livro é narrado em primeira pessoa, na visão de Anna, mergulhamos em sua mente e participamos de seus medos, anseios, dúvidas e angústias. Apesar de algumas pessoas acharem o início lento, ele é extremamente necessário para conhecermos mais a fundo os problemas de Anna.
O suspense está presente do início ao fim. A personagem conduz o leitor a se perguntar as mesmas coisas que ela. Começamos a duvidar de tudo e todos; sentimos medo, pânico, desespero, angústia. Por diversos momentos fiquei com o coração acelerado, angustiada com tudo o que a personagem estava vivenciando, me sentindo ali, no lugar dela, dentro da mente dela.
Apesar de ter descoberto os grandes mistérios da obra bem antes das revelações, isso não tirou de forma nenhuma a beleza da narrativa. Existem alguns clichês, mas são clichês tão bem desenvolvidos que fica impossível de não admirar a capacidade fantástica do autor deixar tudo tão bem amarrado. Quero escrever suspenses igual a este homem!
A Mulher na Janela é uma leitura tensa, intensa, por diversas vezes angustiante e que nos leva ao limite. O que é real e o que é imaginário? Ou autor sabe como fazer cortes de cena com maestria, sabe como deixar o coração do leitor palpitando de ansiedade e sabe como dar um nó na nossa mente.
Se você gosta de suspenses psicológicos e está disposto a invadir a mente de Anna Fox para compreender melhor o que se passa na vida de alguém que sofre com síndrome do pânico e enfrenta traumas tão pesados, A mulher na janela é uma leitura mais do que indicada para você!