Resenha: Achados e Perdidos de Stephen King

Policial. Achados e Perdidos surpreende, é instigante, tem momentos nauseantes (e até cruéis) e com toda certeza agradará a quem curte um bom romance policial. Só lembre que estamos falando de Stephen King escrevendo…

“— Acorde, gênio.”

Assim King começa a história de Morris Bellamy. O gênio é John Rothstein, um autor consagrado que há muito abandonou o mundo literário. Bellamy é seu maior fã e seu maior crítico. Inconformado com o fim que o autor deu a seu personagem favorito, ele invade a casa de Rothstein e rouba os cadernos com produções inéditas do escritor, antes de matá-lo. Morris esconde os cadernos pouco antes de ser preso por outro crime. Décadas depois, é Peter Saubers, um garoto de treze anos, quem encontra o tesouro enterrado. Quando Morris é solto da prisão, depois de trinta e cinco anos, toda a família Saubers fica em perigo. Cabe ao ex-detetive Bill Hodges e a seus ajudantes, Holly e Jerome, protegê-los de um assassino agora ainda mais perigoso e vingativo.

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Resenha

E depois de muito penar, consegui encaixar mais um livro do King em minhas leituras. Aproveitando a deixa do Desafio Todo Leitor, Achados e Perdidos foi a leitura que escolhi para o mês de fevereiro. Me apaixonei por esse trio de protagonistas em Mr. Mercedes (primeiro livro da trilogia) e foi delicioso acompanhá-los em mais um caso.

Neste segundo volume, o assassino é um apaixonado por literatura (alguém aí se identifica?). Morris Bellamy é fã do autor John Rothstein (um possível alter ego e King) e também o seu maior crítico. Bellamy não gostou nada do fim que o autor deu a um dos seus personagens favoritos e decidiu tirar satisfações com o escritor recluso. Boatos indicam que apesar de estar anos vivendo sozinho em uma fazenda, Rothstein nunca deixou de escrever e mantém guardado a 7 chaves, uma quantia enorme de originais.

Inconformado, Morris invade a casa do autor, rouba seus cadernos com as produções inéditas e o mata a queima roupa. O assassino esconde os cadernos – contendo o seu desespero para lê-los – para evitar ser pego pelo crime, porém, ele não contava que seria preso por um outro crime antes mesmo de conseguir ler uma página sequer do tesouro precioso.

Anos se passaram com Bellamy na prisão e Peter Saubers, um garoto de 13 anos, acaba encontrando o tesouro enterrado. Bellamy consegue sair da prisão em condicional depois de quase 4 décadas e já dá para imaginar a sede que ele sai para encontrar os cadernos, correto?

Como sempre, os livros do King são deliciosos de ler. Apesar de não ser um dos meus preferidos, Achados e Perdidos é uma espécie de ponte para o desenrolar final da história de Bill Hodges. O enredo (mesmo sendo interessante por abordar a literatura) não me prendeu tanto até metade do livro. Bellamy é um assassino asqueroso, mas nem se compara com a mente doentia de Brady Hartfield.

O livro começou a ficar mais interessante para mim, quando Bill, Jerome e Holly aparecem. Isso acontece na metade da obra… Não me interprete mal, a leitura é excelente, só achei mais parada que o primeiro livro da trilogia. Isso é compreensível, afinal, Achados e Perdidos serve para preparar o leitor para o confronto final entre o detetive e o seu maior inimigo.

Gostei de acompanhar o crescimento desses personagens e quase perdi o fôlego com o gancho deixado para o terceiro volume. Estou desesperada para ler Último Turno porque não estou acreditando no que meus olhos leram!

Achados e Perdidos surpreende, é instigante, tem momentos nauseantes (e até cruéis) e com toda certeza agradará a quem curte um bom romance policial. Só lembre que estamos falando de Stephen King escrevendo…

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