Resenha: Diário de uma Cúmplice de Mila Wander

Romance. Uma narrativa repleta de ação, suspense e uma pitada de erotismo.

quatro flores

Meu nome é Christine, ou pelo menos costumava ser. Professora numa escola infantil, eu levava uma vida bem normalzinha, meio sem graça, até que numa noite eu o vi. Começou com uma paquera descompromissada, daquelas que acontece quando você vê um cara gato do outro lado da rua. Ele me olhou, eu olhei pra ele e sorri. Esse joguinho de sedução poderia ter terminado num café, ou quem sabe em um namoro, se ele não tivesse se aproximado de mim e me apontado uma arma.

Não sei o que me deu para salvá-lo da polícia e abrigá-lo na minha casa. Burrice? Solidão? Não tinha a menor intenção de me tornar cúmplice de um criminoso. Mas seu olhar quente, sua fala mansa e sedutora me enlaçaram de tal forma que, de repente, eu me vi no meio de um turbilhão de acontecimentos. Agora, refém da paixão por aquele homem, só me restava relatar em um diário como fui me envolver mais de corpo do que de alma com a maior quadrilha do país.

Links: Skoob | Comprar: SaraivaSubmarinoAmazon

Resenha

Sabe aquele personagem que você passa o tempo inteiro brigando com ele e querendo entrar no livro para estapear a cara? Pois é, essa foi minha relação com Christine… Não que eu não tenha gostado dela, mas a mulher é tão doida que muitas vezes fiquei sem acreditar no que ela estava fazendo.

Chris é uma jovem de 25 anos que vive uma vida solitária. Órfã desde os 15 anos, ela tem apenas uma amiga com quem pode conversar e uma tia, porém ambas não conseguem compreender o tamanho da solidão em que ela vive. Professora em uma creche, a única coisa que a esperava todos os dias era a solidão de seu pequeno apartamento, e uma vida monótona e totalmente sem graça. Isso mudou no dia em que ela deu de cara com Miguel…

Tudo começou com uma simples paquera. Aqueles olhos azuis penetrantes se aproximando de Chris, até o momento em que ele aponta uma arma pra ela e a faz de escudo humano. Miguel é baleado pela policia e ao invés de fugir, Christine leva ele pra casa, o esconde e assim torna-se sua cúmplice. E aí começou a minha vontade de estapear a mulher…

Uma situação completamente surreal e até um pouco forçada, mas totalmente compreensível. Para alguém que nunca teve medo de morrer, se sente extremamente só e com muita vontade de acrescentar um pouco de emoção à sua vida, se ver diante de uma situação dessas, é até compreensível que ela queira agarrar a “oportunidade” com unhas e dentes. Mas não deixa de ser completamente louca. Depois de ajudar Miguel, Christine acaba se envolvendo com uma das maiores quadrilhas do país e decide não sair de perto dele.

O livro está classificado como um romance erótico, mas, apesar de ter algumas cenas mais picantes, eu não o classificaria assim. A capa também não está muito condizente com o conteúdo do enredo. Para aqueles que compram o livro pela capa (como eu), acredita que se trata de um livro que aborda o BDSM e não tem nada disso na história. Então, o livro é ruim? De maneira nenhuma!

A narrativa é em primeira pessoa. Por se tratar de um diário, a história é contada na visão de Chris. O enredo tem ação da primeira a última página! É uma narrativa intensa. Não dá para respirar um só segundo e encontramos ação, tensão, suspense e cenas bem calientes. Gostei bastante da narração em forma de diário e essa aproximação com os sentimentos e dramas da personagem foi o que mais me prendeu à leitura. A forma como a autora estruturou o texto ficou muito fluida.

Os personagens foram bem desenvolvidos. Não só os principais, mas os secundários são um show a parte. Amei o Christian! Gostei bastante de Miguel, odeio a Cristal e quanto à Christine… bem, não sei o que dizer sobre ela! É um personagem bem contraditório. Só sei que tive muita vontade de bater nela pelas loucuras que ela fez durante todo o livro.

A leitura é intensa, envolvente e instigante. Super indico para você que gosta de livros com bastante ação e uma pitada de erotismo!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Comentários

comments