Poesia: Branca Lua

Fui convidada para participar de uma deliciosa conversa, no Programa Café com Poesia, apresentado pelo ator Chico de Assis, transmitido pela TV Assembléia, da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas, recentemente.

O querido apresentador iniciou o programa com alguns versos do poema “Branca Lua”. Desde então, vários amigos têm me pedido para que eu publique, integralmente, a poesia.

Então pensei que poderia ser uma boa ideia publicá-la aqui no blog. Segue a poesia:

Branca Lua

Lua branca, tantas vezes suspirei ao olhar para ti;
Tanto pedi para tu me iluminares;
Tantas vezes cantei, ó lua branca,
Mas tu nunca ouvistes meus rogos,
Quando meu coração, sangrando,
Pedia luz, paz, calmaria.
Sempre que estava angustiada, Lua branca,
Tu viravas nova, viravas as costas e desaparecias.
Era como se tu quisesses, Lua banca,
Fugir de mim,
Para que tua beleza não se esgotasse
Com meu pranto de dúvida e dor;
Mas eu ia aos poucos me resignando
À rotina, à realidade, ao cotidiano;
E enquanto eu ia minguando,
Tu ias crescendo, aparecendo e te embelezando.
E de repente, Lua branca, tu estavas ainda mais cheia
Mais iluminada do que antes
E meus olhos se enchiam de fulgores,
Meu coração palpitava por amores
Que nunca,
que absolutamente,
jamais teria.

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