Thriller. Já imaginou se o governo andasse recrutando crianças para treinar e transformar em assassinos sem rosto? Evan Smoak passou por isso. Depois de anos trabalhando, ele decidiu usar suas habilidades para um propósito maior, ajudar quem realmente precisasse de ajuda, e assim surgiu o “Homem de lugar nenhum”. Mas o passado sempre volta para bater em nossa porta.
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Resenha
A primeira sensação que tive ao ver sobre esse livro foi de que era uma história de espião, no melhor estilo 007, sabe? E bem, Evan Smoak não deixa nem um pouco a desejar para o nosso querido James Bond. São igualmente bem treinados e letais. Então, nem preciso dizer que o livro é um prato cheio para os amantes da aventura e ação, né?
Aos 12 anos, Evan foi recrutado para fazer parte de um programa ultrassecreto do governo chamado Órfão. Ao longo dos anos ele foi treinado para ser o melhor, o agente solitário, aquele que vai, faz sua missão e some sem deixar rastros. Contudo, longos anos de trabalho depois, Evan deixou tudo para trás, e passou a usar o codinome de “Homem de lugar nenhum”, e usando suas habilidades, ele foi passando seu número, uma pessoa por vez, sempre essa pessoa achando a próxima, e ele ajudando a todos.
“O que ele não acrescentou foi que o ato de ajudar alguém era, em si mesmo, fortalecedor e até capaz de curar.”
Mas para conseguir continuar fazendo o que faz, Evan é um homem cheio de manias. Respeita sempre o código que aprendeu, e, busca sempre estar um passo a frente dos seus inimigos. A medida que vamos avançando na leitura, vamos conhecendo o passado do Evan, como ele foi quando garoto, assustado e indefeso, e como foi crescendo até tornar-se o assassino frio, e então, o fato que o fez questionar tudo e abandonar o serviço, e como tudo isso transformou ele no que ele é, um justiceiro eficaz. O coração chega ficar pequenino entre o pequeno Evan, e o grande e solitário Evan.
“— Mas a questão é que “da próxima vez” significa que o mundo está aberto para você. “Da próxima vez” significa possibilidade. “Da próxima vez” significa liberdade.”
O mais bacana e fofo foi ver algumas mudanças no Evan, graças a alguns outros personagens. Ele começa a se questionar se a vida que leva realmente vale a pena. Apesar de toda a fachada fria e calculista que foi construída cuidadosamente ao longo dos anos, ainda tem um ser humano por baixo. E isso me encantou. A capacidade do autor de nos mostrar as diversas camadas de sentimento do ser humano.
O livro é bastante eletrizante, e repleto de ação e aventura. O autor consegue prender nossa atenção de tal forma, que os capítulos pelo menos para mim, pareceram sempre pequenos demais. Eu sempre queria mais e mais. Ele consegue ir colocando o mistério na narrativa, e aos poucos as linhas vão se cruzando, e admito, que teve momentos que eu não vi “aquilo” vindo e fiquei “uuuuoooou”! Um thriller muito bem construído, com personagens profundos. Se gosta do gênero, esse livro é uma ótima pedida.