Resenha: Mentiras que confortam de Randy Susan Meyers

Drama. Cinco anos atrás Tia apaixonou-se e envolveu-se com Nathan. O único problema era que ele era casado com Juliette, e Tia acabou grávida. Achando ser o melhor para todos, Tia deu seu bebê para adoção e a pequena Savannah acabou sendo adotada por Caroline e Peter. Agora, por impulso, Tia envia fotos da filha para Nathan, mas sua esposa abre o envelope e assim começa toda a trama da história.

quatro flores

Cinco anos atrás…
Tia apaixonou-se obsessivamente por um homem por quem nunca deveria ter se apaixonado. Quando engravidou, Nathan desapareceu, e ela entregou seu bebê para a adoção.
Caroline adotou um bebê para agradar o marido. Agora ela questiona se está preparada para o papel de esposa e mãe.
Juliette considerava sua vida perfeita: tinha um casamento sólido, dois lindos filhos e um negócio próspero. E então ela descobre o caso de Nathan. Ele prometeu que nunca a trairia novamente, e ela confiou nele.

Hoje…
Tia ainda não superou o fim do seu caso com Nathan. Todos os anos ela recebe fotos de sua garotinha, e desta vez, em um impulso, decide enviar algumas delas para a casa do ex-amante. É Juliette quem abre o envelope. Ela nunca soube da existência da criança, e agora precisa desesperadamente descobrir quantas outras mentiras sustentaram o seu casamento até hoje.

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Resenha

Todos sabemos que mentiras, não importam o tamanho delas, são prejudiciais e quanto mais tempo demoram para serem descobertas, piores elas ficam. Não importa o quanto nós nos sintamos confortados com essas mentiras, elas voltarão para nos assombrar em algum momento de nossa vida. É melhor a dor de uma verdade dura, que uma bela mentira, confiem em mim.

Nathan traiu a esposa, sua bela e dedicada esposa, mãe dos seus dois filhos. Tia, a amante, a jovem deslumbrada e apaixonada, sempre fantasiou que Nathan a amava ao ponto de deixar a esposa para ficar com ela. Pobre Tia, grávida, achou que ao contar para Nathan sobre a gravidez, ele fosse ficar exultante, e feliz, nunca esperava que ele a pedisse para abortar. Naquele dia, Tia não mais teve notícias dele. Ela teve seu bebê, e o deu para adoção, escolhendo pais, Peter e Caroline, que ela julgou poder dar tudo de melhor para sua filha, aquela que ela não poderia criar pois a lembraria sempre de Nathan, aquele que quebrou seu coração em milhões de pedaços.

Cinco anos depois, Tia continua apaixonada por Nathan. Tudo lembra Nathan, principalmente as fotos que ela recebe todo ano de sua filha, a filha de Nathan, a filha dos dois. Então, em um impulso movido ao álcool, ela coleta varias fotos da filha e envia para o ex amante, mostrando como está a filha deles, e como ele poderia encontrá-la, o que ela jamais imaginou era que Juliette, a esposa de Nathan fosse abrir o envelope e descobrir a existência da criança.

Juliette, a esposa do Nathan, acaba transtornada. Ele havia confessado o caso que tivera, mas nunca disse que existia uma criança. Que ele tinha uma filha. E as dúvidas sobre a fidelidade do seu marido voltam, as incertezas, a tristeza e a mágoa. Obsessiva, ela começa a buscar mais peças desse quebra cabeça. Quem é a criança, onde vive, quem são seus pais adotivos, o que Tia quis ao enviar aquelas fotos. Muitas perguntas, muitos segredos, muitas lacunas na história.

Caroline, a mãe adotiva da criança não se vê como uma boa mãe. Boa parte do tempo ela acha que não nasceu para ser mãe. Ela ama seu trabalho, ama seu marido Peter, e foi por ele que concordou adotar uma criança. Mas, apesar de suas incertezas, de se achar uma péssima mãe, ela ama Savannah, ama sua filha apesar de todas as suas incertezas, e apesar dos momentos ruins. Entretanto, algo que ela jamais esperava era ter que lidar com os pais biológicos da criança e toda a loucura da vida deles.

O livro é narrado boa parte por três pontos de vistas, o de Tia, de Juliette e de Caroline. As três mulheres vão nos mostrando os vários lados dessa história, e assim vamos conhecendo seus medos mais profundos, seus desejos vergonhosos, seus erros e acertos. No começo achei a história um pouco arrastada, mas a medida que fui avançando nos capítulos, fui me sentindo ávida por mais, querer saber mais, ver um pouco mais de cada um deles, pessoas distintas, mas totalmente interligadas.

A narrativa torna-se bem dinâmica a medida que vamos pulando de um narrador para o outro, as vidas tão distintas, as personalidades tão opostas, e caminhos se conectando e cruzando inevitavelmente. Refletiu bem a vida real, pessoas normais, passando por problemas diversos ao tempo que possuem algum tipo de conexão.  Um livro que nos faz pensar sobre a vida e sobre nossas escolhas, como elas tem sempre 50% de chance de dar certo ou errado. Viver é difícil, mas temos sempre que ser honestos com quem amamos, e acima de tudo, sinceros conosco mesmos.

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