Resenha – The Walking Dead: A Queda do Governador (Parte 1)

Sinopse

Após conquistar milhões de fãs ao redor do mundo e vender mais de 200 mil exemplares apenas no Brasil, a franquia de zumbis mais celebrada da década está de volta. O terceiro – e último – livro, The Walking Dead: a Queda do Governador, promete contar em detalhes o destino desse que é o personagem mais controvertido em um mundo dominado por mortos-vivos. Com seu senso doentio e muito particular de justiça, ele força prisioneiros a lutarem contra zumbis em uma arena, para delírio dos moradores entediados.

No primeiro volume, A Ascensão do Governador, descobrimos como ele se tornou esse homem e qual a origem de suas atitudes extremas. Já no segundo, O Caminho Para Woodbury, acompanhamos suas interações com os moradores. E do que ele foi capaz para que a cidade murada fosse um local seguro no qual as pessoas pudessem viver em paz em meio ao apocalipse zumbi. E do que um grupo de humanos errantes é capaz para alcançar esse aparente paraíso.

The Walking Dead: a Queda do Governador dá continuação à história de ação e horror. Personagens icônicos das tirinhas que deram origem à série de TV, como Rick, Michonne e Glenn vão finalmente fazer sua estreia no palco do pesadelo zumbi. E fãs poderão vê-los sob uma nova e assustadora luz.

Robert Kirkman é conhecido por seus trabalhos para os quadrinhos em The Walking Dead e Invencível, ambos para a SKYBOUND e a Image Comics, da qual é um dos cinco sócios. Robert é produtor-executivo do seriado homônimo exibido pela AMC.

Jay Bonansinga escreveu livros de terror aclamados pela crítica. Entre seus trabalhos estão Perfect Victim, Shattered, Twisted e Froze. Seu livro de estreia, The Black Mariah, foi finalista do Bram Stoker Award.

Ficha Técnica

Título: The Walking Dead: A Queda do Governador – Parte 1 (Livro 3)

Autor: Robert Kirkman e Jay Bonasinga

Editora: Galera Record

Tradução: Mariana Kohnert

Páginas: 265

Edição: 2014

Preço: R$ 35,00

Onde comprar: Saraiva e Submarino

Links: Galera | Skoob | Degustação

governador

Resenha

Philip Blake está de volta e dessa vez, no terceiro livro da trilogia, veremos a queda daquele que governa Woodbury a ferro e fogo.

Em minhas resenhas dos livros anteriores informei que não acompanho a série televisiva e ainda não tive tempo de começar a ler os quadrinhos, portanto minha opinião será de alguém que não conhece (ou conhecia, pois esse já é o terceiro livro) nada a respeito da história de TWD. Portanto, se assim como eu, você não tem conhecimento da história, não se preocupe, os livros praticamente caminham independente das HQs ou da série de televisão. Aliás, conversei com alguns amigos que assistem à série e me informaram que o livro é bem mais rico em detalhes, o que me levou a preferir os livros.

“The Walking Dead: A queda do Governador – Parte 1” não é uma história de zumbis simplesmente. Na verdade os zumbis são coadjuvantes. A verdadeira história está voltada para a nova sociedade formada; para como as pessoas estão se adaptando pós-apocalipse nessa formação de sociedade medieval, onde homens (mais para “senhores feudais”) se auto intitularam governantes, como é o caso de Philip Blake, e governam as pessoas à base do medo e da diversão.

Os enormes postes arqueados de xênom se acendem, vivos, ao redor do estádio, iluminando a faixa de terra e o campo coberto de lixo, e as arquibancadas lentamente se enchem ao redor de Austin com cidadãos barulhentos, sedentos por sangue e por catarse. O ar tem um traço frio e fede a óleo combustível e podridão de errantes, e Austin se sente estranhamente removido de tudo isso. – Pág. 109

Dois anos se passaram desde que os primeiros mortos-vivos apareceram e confesso que eles são “um nada” perto de alguns humanos que conseguiram sobreviver ao apocalipse. Se juntarmos os zumbis com esses humanos maus, não temos nem metade do que se tornou o Governador. O homem é um crápula! O que eu tive de compreensão e pena dele no primeiro livro se transformou em ódio e vontade que ele tenha uma morte lenta e dolorosa nesse 3º livro.

Woodbury está um pouco diferente da cidade em “Caminho para Woodbury”. A comida está escassa, os suprimentos estão faltando e as pessoas começam a ficar irritadas e tudo é motivo para briga. A velha e boa política do “pão e circo” é fielmente seguida na cidade murada e o Governador continua com seus espetáculos na arena cada vez mais sangrentos. Para garantir alimento para a população um grupo de reconhecimento precisa sair em busca de locais que ainda não foram completamente saqueados, se arriscando, e toda vez que eles saem em busca de algo meu coração congela.

– Você os traumatizou! – grita a mulher, entre os ruídos esganiçados. – Vim para ver uns ossos quebrados, uns dentes faltando, não isto! Isto foi demais! VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO?! – Pág. 199

Personagens que sobreviveram aos acontecimentos do livro 2 estão de volta no 3. Dentre eles estão Lilly, Martinez, Dr. Stevens, Bob e Alice. Confesso que achei que Lilly seria a personagem principal aqui, mas outra mulher (já bem conhecida para quem lê os quadrinhos ou assiste à série) roubou a cena. Temos novos personagens que se tornaram importantes para a história: Austin, Glenn, Rick e Michonne.  Os 3 últimos citados são bem conhecidos dos fãs e poderão ser vistos sob uma nova perspectiva. Michonne teve um maior destaque nessa primeira parte e creio que Rick e Glenn terão suas histórias mais detalhadas na segunda parte do livro.

Se você achou que os livros anteriores tinham um linguajar pesado e explícito, quero te informar que o 3º é MUITO mais pesado. A narrativa é riquíssima em detalhes. Em alguns momentos me peguei lendo e fazendo cara de nojo, repulsa. Não tenho problemas com isso, mas talvez algumas pessoas não vão gostar de ler os detalhes descritos de atrocidades entre humanos vs humanos. Ainda podemos ler as cenas nojentas com os zumbis, mas é chocante ler o que o Governador é capaz de fazer. São cenas de assassinatos totalmente gratuitos, torturas bem pesadas e algumas cenas de estupro.

O palco mudou e  lutas contra zumbis são poucas, apesar de serem bem detalhadas por Jay e Robert. Ainda continua a existir muita bile, sangue negro e vísceras espalhadas por todos os lados. Mas também há muitas cenas de tortura que fazem o estômago revirar! Definitivamente o livro não é recomendado para menores. Nenhum deles, na verdade. A crueldade humana é exposta em pratos bem limpos.

A capa ficou ótima! Zumbis, muita sujeira e o tapa olho caído no chão simbolizando a queda do déspota. Infelizmente encontrei alguns problemas gráficos em meu exemplar. Em algumas partes a tinta estava borrada ou apagada dificultando um pouco minha leitura, mas nada tão grave assim.

A leitura me prendeu de uma forma que eu não conseguia parar de ler. Se me sobrasse um pouco mais de tempo creio que teria terminado a leitura em 2 dias no máximo! Dividido em 2 partes e com 18 capítulos a leitura é eletrizante do começo ao fim. Fiquei muito triste em ter que interromper a leitura para esperar a segunda parte do livro.  A narrativa termina no ápice dos acontecimentos e me deixou com aquela sensação de “Ai meu Deus, eu P-R-E-C-I-S-O da segunda parte!”.

A segunda parte de A Queda do Governador saiu nos EUA no dia 03 de março e ainda não sabemos quando sairá aqui no Brasil. Estou tão ansiosa para lê-lo que não sei como vou me segurar até o lançamento por aqui.

[important]Minha Nota: 10,0 – Virei fã da trilogia.[/important]

Agradecimento especial à Galera Record por ter cedido o livro.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Comentários

comments