Policial. Apesar de não ser uma das melhores obras do autor, “Até o Fim” vale muito a pena ser lido. A trama tem um suspense gostoso de ler, um detetive misterioso que me deixou com vontade de conhecer mais dele e é uma leitura bem fluida.

Coben é conhecido como “o mestre das noites em claro” e é o único escritor a ter recebido a trinca de ases da literatura policial americana: o Anthony, o Shamus e o Edgar Allan Poe.
O detetive Nap Dumas nunca mais foi o mesmo após o último ano do colégio, quando seu irmão Leo e a namorada, Diana, foram encontrados mortos nos trilhos da ferrovia. Além disso, Maura, o amor da vida de Nap, terminou com ele e desapareceu sem justificativa.
Por quinze anos, o detetive procurou pela ex-namorada e buscou a verdadeira razão por trás da morte do irmão. Agora, parece que finalmente há uma pista.
As digitais de Maura surgem no carro de um suposto assassino e Nap embarca em uma jornada por explicações, que apenas levam a mais perguntas: sobre a mulher que amava, os amigos de infância que pensava conhecer, a base militar próxima a sua antiga casa.
Em meio às investigações, Nap percebe que as mortes de Leo e Diana são ainda mais sombrias e sinistras do que ele ousava imaginar.
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Resenha
Harlan Coben consegue me prender em seus livros mesmo quando eles não são os meus preferidos. Já li diversas obras desse homem e nunca passei mais que 24h pra concluir a leitura. É impossível começar a ler e conseguir largar. Realmente ele nos provoca insônia…
No suspense, Coben é um mestre, em minha humilde opinião. Ele sabe trabalhar bem a curiosidade do leitor e vai entregando pistas aos poucos, nisso não tenho do que reclamar dele. Apesar de ter gostado bastante de Até o fim, esse não foi um dos melhores que já li do autor. Explico.
A trama central – o caso do assassinato de um policial e o desaparecimento de Maura (namorada do detetive) que poderiam (ou não) ter ligação com o suposto suicídio de 2 jovens 15 anos atrás – é bem interessante. Ela começa com um ritmo frenético e em determinado momento do livro esse ritmo desacelera, mas nada que atrapalhe o fluir da leitura. As coisas começam a se encaixar e conseguimos respostas no decorrer da narrativa. Essas respostas levam ao final que não foi nada surpreendente pra mim, visto que já tinha quase certeza de quem foi a mente que arquitetou tudo. O final não surpreendente também não foi o problema. Ele foi apenas “ok”.
O problema mesmo, o que me incomodou deveras, foi os muitos “diálogos” entre o Nap e seu irmão gêmeo morto. Sim, ele conversa com o defunto. Ficou chato e cansativo ele o tempo inteiro se lamentando, se vitimizando e conversando com um fantasma. Também achei que ficou totalmente em aberto e fora do contexto a “explicação” para o sumiço de Maura. Mas, “ok” também. Me incomodou, não foi surpreendente, mesmo assim vale a pena a leitura.
Gostei de conhecer o Nap. Tirando a conversa dele com o irmão, o achei um personagem bem interessante. Ele tem um tom sarcástico e um senso de justiça bem fora dos padrões que me deixou com vontade de ler outras obras com ele. Será que teremos uma nova série com ele sendo o protagonista? Tudo indica que sim…
Esse não é um dos melhores livros do Coben, porém, a fluidez do texto, o suspense arrebatador e a entrega das respostas para o mistério é o ponto mais alto do livro e só por isso ele vale muito a pena ser lido. Harlan Coben é Harlan Coben!
