Drama. As coisas que fazemos por amor fala sobre relações entre mãe e filhos. Fala sobre o poder restaurador do amor, sobre segundas chances e recomeços. Fala sobre crescimento, aceitação e cura. É aquela leitura densa, intensa e arrebatadora.
Após o divórcio, Angie volta a morar na sua cidade natal e retorna ao seio da família carinhosa e meio doida. Em West End, onde a vida vai e vem ao sabor das marés, ela conhece a garota que mudará a sua vida para sempre.
Lauren Ribido é uma adolescente estudiosa, bem-educada e trabalhadora. Apesar de morar em uma das áreas mais decadentes da cidade com a mãe alcoólatra e negligente, a menina sonha cursar uma boa faculdade e ter um futuro melhor.
Desde o primeiro momento, Angie enxerga em Lauren algo especial e, rapidamente, uma forte conexão se forma: uma mulher que deseja um filho, uma menina que anseia pelo amor materno. Porém, nada poderia preparar as duas para a repercussão do relacionamento delas. Numa reviravolta dramática, Angie e Lauren serão testadas de forma extrema e, juntas, embarcarão em uma jornada tocante em busca do verdadeiro significado de família.
Resenha
“Às vezes, o amor não é suficiente…”
Essa frase tem rondado meus pensamentos desde o início do mês e posso dizer que ela se encaixa perfeitamente nesta história. Confesso que estou há horas tentando escrever essa resenha, tentando colocar em palavras tudo o que senti com essa leitura, mas está bem difícil. Quanto mais tento entender meus sentimentos, mais eles ficam confusos. Só sei que estou com um nó na garganta e totalmente reflexiva.
Angie tem minha idade. Passou por perdas extremamente dolorosas em sua vida e viu cada um de seus sonhos ruírem. Minha identificação com ela foi imediata. Lauren é uma adolescente que também viu seus sonhos se perdendo com os acontecimentos da vida e eu me vi um pouquinho em ambas. Duas personagens muito bem construídas que irei carregar comigo por um bom tempo.
Angie apoiou as mãos no gradil de madeira gelado e se inclinou para a frente. Por um segundo, pensou ter ouvido o mar a distância, depois percebeu que era um avião cruzando o céu. Suspirou. Queria perguntar à mãe como tinha chegado àquele ponto: solteira e sem filhos aos 38 anos. Mas sabia a resposta. Deixara o amor escorrer entre os dedos.
Esse é meu primeiro contato com Kristin Hannah e me encantei com a escrita da autora. Sua narrativa é densa e ao mesmo tempo leve; o drama é pesado, mas ela consegue aliviar a carga com passagens engraçadas e tocantes. O equilíbrio entre a dor e a cura estão centrados na família DeSaria e são os momentos fofos (e engraçados) que servem como válvula de escape para aliviar a tensão. Me encantei com essa capacidade da Kristin de tornar algo pesado em leve, deixando aquela sensação incômoda e doce em nossos corações.
Estou sentindo um misto de dor e satisfação. A leitura me fez pensar e repensar sobre muitas coisas. Abriu algumas feridas, mas me deixou esperançosa. Eu sei, é confuso e é justamente nessa confusão de sentimentos que me encontro agora.
Perdi as contas de quantas vezes eu quis bater em Lauren, de quantas vezes quis abraçar Angie. Senti tudo junto com elas e o fato de ter me sentido tão próxima de Angela, me fez compartilhar suas dores. Mas eu acabei a leitura com meu coração aquecido. E sabe de uma coisa? Livros que conseguem me tocar dessa forma são os meus preferidos!
As coisas que fazemos por amor fala sobre relações entre mãe e filhos. Fala sobre o poder restaurador do amor, sobre segundas chances e recomeços. Fala sobre crescimento, aceitação e cura. É aquela leitura densa, intensa e arrebatadora. Confesso que senti muito medo do final não ser como foi, que apesar de ser clichê, torci muito para ser como foi. Leitura linda e mais do que recomendada.
