Resenha: O Restaurante no Fim do Universo de Douglas Adams

Ficção Científica. O problema maior em viajar no tempo é simplesmente gramatical.

O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal? A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível. O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor. Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos mais improváveis sentidos.

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Resenha

“O Restaurante No Fim Do Universo” foi um livro que iniciei com bastante entusiasmo, pois já havia lido o primeiro volume da série e estava cheia de perguntas a serem respondidas. A sinopse (que diz tudo e não diz nada ao mesmo tempo) me fez pensar milhões de coisas e, após a leitura, me fez perceber que eu estava errada em cada uma delas!

A narrativa é em terceira pessoa, mas os diálogos são bem alternados. O enredo é bem fora do clichê e surpreende bastante. O protagonista da vez é claramente o Zaphod, mas o “restante” do pessoal também se faz presente (exceto Marvin, o Androide Paranoide, que quase não aparece). O título do livro sugere que o restaurante no fim do universo é o foco desta continuação, mas não é o que acontece. No que tange a ser uma “continuação”, deixa a desejar porque você termina com praticamente o mesmo número de perguntas que iniciou a leitura. Há episódios desnecessários para o desenrolar da história e há outros que poderiam ter sido mais bem aproveitados.

Preciso confessar: custei ler as 50 primeiras páginas (dois meses), mas devorei as outras 123 (dois dias) e terminei desejando mais. Não sei se o motivo da minha apatia foi o fato do meu personagem preferido ter “desaparecido”, contudo, o segundo livro é tão doido e tão confuso quanto o primeiro (e igualmente bom também). Assim como no primeiro volume da série, também encontramos um argumento contra Deus (apenas um reflexo da crença do autor, pois ele era ateu) que não acrescenta em nada, tão pouco contribui pra história, mas tá ali jogado né? okay. Com certeza há quem se identifique e, como disse anteriormente, é totalmente ignorável (então, cristãos, sem “mimimi”).

Um conselho? Leia o livro sem tentar prever o que vem depois, caso contrário, irá se decepcionar (ou se surpreender), pois tudo o que acontece na história é o mais improvável. O livro, bem como a série de Mochileiro das Galáxias, é altamente recomendado para quem gosta daquela comédia “somos todos idiotas”, mas, de vez em quando, também te faz refletir como um “bom intelectual”. Caso espera algo sério abordando viagens, espaço, tempo, tudo e todas as coisas… Não é a leitura indicada. Mas, se está no tédio e cansado de leituras previsíveis… Seria uma ótima recomendação.

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