Resenha: Mão Crua de Sílvia Gil

Romance Erótico. O livro não é sobre sexo. É sobre o nascer de uma Dominatrix. É sobre descobertas, amizade, amor, sadismo, comportamento humano e mais algumas coisas que não posso falar.

quatro flores

Lara é uma contabilista forense, independente e de vida regrada. Ao aceitar um encontro às cegas com um desconhecido, vê a sua vida alterar-se drasticamente ficando presa num mundo de sexo e vícios. Após um revés na empresa na qual trabalhava e sem meios financeiros para subsistir, vê-se forçada a entrar no mundo da Dominação Profissional. Apaixonada por um colega na Polícia, fica numa posição vulnerável, mas não consegue afastar-se dos prazeres proibidos. Tudo corre bem até receber um pedido mais extremo… Um submisso viciado em asfixia erótica quer ser deixado inconsciente… No limiar entre a vida e a morte!

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Resenha

Faz bastante tempo que estava em busca de uma leitura que tenha como protagonista uma Dominatrix. No mercado, temos muitos livros que abordam o universo do BDSM, mas na maioria esmagadora os Dominadores são homens e eu queria muito ver como seria uma história com uma mulher tomando o controle. Esse foi o principal motivo de solicitar o livro à editora Chiado.

A sinopse do livro também me atraiu, mas ela nem de longe nos mostra o que realmente está escrito nas páginas de Mão Crua. Aliás essa é uma grande falha, pois a sinopse dá a entender uma outra coisa da história e ela é bem mais interessante do que o que expressa esse pequeno parágrafo.

É difícil fazer essa resenha. É difícil porque estou com medo de soltar algum spoiler, então vou tentar explicar a história contando o mínimo possível. Só para vocês terem uma ideia, esse submisso que é viciado em asfixia erótica só aparece no final do livro e nesse meio tempo acontecem muitas coisas importantes.

Nada mais me seduz que corda na pele nua ou latéx e mão crua que de leve me castiga… Doce castigo que instiga a desejar mais e mais.

Em Mão Crua conhecemos Lara, uma contabilista forense que está muito infeliz em seu atual trabalho, vive uma vida sem graça e regrada. Ela vive de casa para o trabalho e as vezes, sexta-feira a noite, sai com as amigas para um happy hour. Além disso, nada de mais interessante acontece na vida dela. A insatisfação com o emprego só aumenta e tudo parece monótono e sem graça.

Certo dia, tentando fugir da rotina e buscando um pouco mais de emoção para sua vida, Lara resolve aceitar o convite de um desconhecido e tem sua primeira experiência como submissa. Lara nunca imaginou que pudesse encontrar tanto prazer na “dor” e torturas de seu Senhor, mas ainda que se sentisse muito excitada, ela percebeu que o que queria mesmo era estar no lugar do Senhor e começou a fantasiar essa situação. Algo acontece uma certa noite em que ela está com as amigas (Não posso contar o que é. Você vai ter que ler para saber) e finalmente Lara conhece o universo do BDSM e pode realizar sua fantasia de Dominatrix.

Acontece um problema na empresa em que nossa Dom trabalha  e ela é demitida, sendo assim obrigada a entrar para o mundo da Dominação Profissional. Conforme vai aprendendo coisas novas, sua amizade com Cristina vai se estreitando e Lara vai ficando cada vez mais envolvida e confiante. Quando ela consegue o tão sonhado emprego na polícia, sua vida muda completamente.

E isso é o máximo de coisa que posso falar sem soltar um spoiler fenomenal para vocês!

A conversa fluía, eu ia rindo e ele lá afirmava que eu era cruel e que nunca tinham sido tão cruéis com ele. Talvez fosse por isso que me queria tanto e apreciava a minha companhia.

A autora trabalha o tema com grande maestria e conhecimento de causa, pois o comportamento humano faz parte de seus estudos e ela também teve experiências com o BDSM. No decorrer da narrativa, que é em primeira pessoa, Lara vai nos contando suas experiências com seus clientes, ora como recordação, ora no momento exato do encontro. Tive um pouco de dificuldade em saber o que eram os instrumentos, ou alguns termos que a autora usa, mas nada que uma breve pesquisa no google não resolva.

Existe um triângulo amoroso na história! Mas, não espere um daqueles romances melosos porque não é disso que se trata o livro. Aliás, cenas de sexo mesmo nem são descritas aqui. É errado pensar que numa sessão de jogos entre Dom e sub é necessário ter sexo. Lara é sádica e se satisfaz apenas torturando seus submissos. Calma gente, ninguém saiu machucado, mutilado ou coisas do tipo.

O livro não é sobre sexo. É sobre o nascer de uma Dominatrix. É sobre descobertas, amizade, amor, sadismo, comportamento humano e mais algumas coisas que não posso falar.

No decorrer da narrativa senti que a história foi tomando rumos que eu não estava esperando e percebi que esse livro é bem mais que um livro erótico. Ele é um suspense com uma pegada policial. Muito instigante e envolvente. Tanto que fica difícil querer largar o livro e o final… te deixa desesperado para a continuação. Ah, não te falei que ele é o primeiro de uma série? Pois é, agora eu quero desesperadamente a continuação!

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